Lixo hospitalar era despejado junto com lixo comum.
Ação apreendeu 15 caminhões que faziam o serviço.
Na ação, que reuniu 45 agentes da Coordenadoria Combate a Crimes Ambientais da Secretaria de estado do Ambiente (Cicca), do Inea, do Batalhão Florestal, da Delegacia Proteção ao Meio Ambiente e um helicóptero da Polícia Civil, foram apreendidos também livros de registros e computadores.
De acordo com a presidente do Inea, Marilene Ramos, o aterro foi interditado e periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli. Segundo o coronel José Maurício Padrone, coordenador da Cicca, a multa pode chegar a R$ 2 milhões por uso inadequado das instalações. “A licença de operação que estabelece condicionantes para o funcionamento do aterro autoriza o despejo somente de lixo doméstico e apenas do município de Magé”, disse.
De acordo com o Inea, entre os detidos conduzidos para a delegacia, estava a gerente da empresa que administra o aterro, além de funcionários e motoristas de empresas que faziam o despejo irregular do lixo. Segundo Padrone, no local foram encontrados seringas, gases, remédios com prazos de validade vencidos e outros rejeitos hospitalares sem qualquer tipo de tratamento.
“Embora fossem contratadas para coletar e tratar resíduos do Instituto Nacional de Cardiologia e do Hospital do Exército, as transportadoras misturavam o lixo hospitalar ao doméstico, fraudando os contratantes”, explicou Padrone. O coordenador da Cicca ressaltou, no entanto, que as unidades de saúde não serão penalizadas, uma vez que apenas contratavam as empresas de coleta para dar destinação adequada ao lixo.
A presidente do Inea informou ainda que o despejo inadequado de lixo configura crime ambiental grave, uma vez que, além de contaminar o solo e o lençol freático, favorece a proliferação de vetores e de doenças e expõe ao risco a saúde não só dos trabalhadores do local como da população.
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