quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Operação no RJ prende 12 pessoas por despejo de lixo em aterro sanitário


15/09/2011 17h30 - Atualizado em 15/09/2011 17h39
Lixo hospitalar era despejado junto com lixo comum.

Ação apreendeu 15 caminhões que faziam o serviço.

Do G1 RJ
Policiais fazem inspeção no aterro sanitário em Magé (Foto: Divulgação/Inea)
Uma operação nesta quinta-feira (15) apreendeu 15 caminhões e prendeu 12 pessoas em flagrante por despejo de lixo hospitalar sem tratamento misturado ao lixo doméstico, em um aterro sanitário privado em Magé, na Baixada Fluminense. As informações são do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Policiais fazem inspeção no aterro sanitário em
Magé (Foto: Divulgação/Inea)
Na ação, que reuniu 45 agentes da Coordenadoria Combate a Crimes Ambientais da Secretaria de estado do Ambiente (Cicca), do Inea, do Batalhão Florestal, da Delegacia Proteção ao Meio Ambiente e um helicóptero da Polícia Civil, foram apreendidos também livros de registros e computadores.
De acordo com a presidente do Inea, Marilene Ramos, o aterro foi interditado e periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli. Segundo o coronel José Maurício Padrone, coordenador da Cicca, a multa pode chegar a R$ 2 milhões por uso inadequado das instalações. “A licença de operação que estabelece condicionantes para o funcionamento do aterro autoriza o despejo somente de lixo doméstico e apenas do município de Magé”, disse.
De acordo com o Inea, entre os detidos conduzidos para a delegacia, estava a gerente da empresa que administra o aterro, além de funcionários e motoristas de empresas que faziam o despejo irregular do lixo. Segundo Padrone, no local foram encontrados seringas, gases, remédios com prazos de validade vencidos e outros rejeitos hospitalares sem qualquer tipo de tratamento.
“Embora fossem contratadas para coletar e tratar resíduos do Instituto Nacional de Cardiologia e do Hospital do Exército, as transportadoras misturavam o lixo hospitalar ao doméstico, fraudando os contratantes”, explicou Padrone. O coordenador da Cicca ressaltou, no entanto, que as unidades de saúde não serão penalizadas, uma vez que apenas contratavam as empresas de coleta para dar destinação adequada ao lixo.
A presidente do Inea informou ainda que o despejo inadequado de lixo configura crime ambiental grave, uma vez que, além de contaminar o solo e o lençol freático, favorece a proliferação de vetores e de doenças e expõe ao risco a saúde não só dos trabalhadores do local como da população.
Fonte: G1

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