quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PROJETOS DE REVITALIZAÇÃO DOS RIOS (Autor: Prof. Jorge Paes Rios)

Revitalização de trecho do rio. Para o saneamento e a recuperação de um rio junto a uma comunidade geralmente é necessário:
- Implantar a rede coletora de esgotos e tratar os efluentes dos esgotos
- Retirar o assoreamento do leito
- Planejar e implantar calha suficiente para transportar as águas de enchentes
- Possibilitar o acesso da população ao rio para lazer e outras atividades
- Complementar a vegetação ciliar e plantar árvores ao longo das estradas marginais
- Retirar o lixo e o entulho de obras das margens e do leito do rio
- Implantar educação ambiental nas comunidades para evitar o lançamento de lixo e esgotos nos rios
- Urbanizar toda a área, valorizando o aspecto estético do rio, implantando equipamentos de lazer e áreas verdes.


CINCO  Princípios básicos dos projetos de revitalização dos rios
1 - Qualidade das águas
É fundamental a qualidade das águas. Para rios com poluição o processo de revitalização inicia-se com a implantação do saneamento básico através de tratamento dos esgotos sanitários e regularização do sistema de coleta e disposição de lixo

2 - Leito Natural
O rio deverá percorrer preferencialmente seu leito natural, respeitando sua sinuosidade original de forma a recuperar seus ecossistemas. Na maioria dos casos prevê-se desapropriações nas faixas marginais visando ampliar os espaços para o desenvolvimento dos meandros do rio

3 - Vegetação
É imprescindível a recomposição da mata ciliar com espécies nativas adequadas pela importância na manutenção da qualidade e quantidade de água e estabilidade dos solos nas faixas marginais de proteção (FMP).

4 - Paisagem
Os corpos hídricos e a vegetação são partes integrantes da paisagem e são essenciais ao equilíbrio ambiental e ao bem estar do homem. Tem função subjetiva de grande valor para a vida.

5 - Educação ambiental participativa
Orientação e participação da comunidade nas tomadas de decisões.

ETAPAS DO PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DOS RIOS
1 - Inspeção local
2 - Avaliação das variáveis ambientais 
3 - Plano de trabalho
4 - Estudos topográficos
5 - Estudos hidrológicos
6 - Estudo da qualidade da água
7 - Projeto de saneamento – águas pluviais, esgotamento sanitário e lixo.
8 - Projeto de engenharia ambiental – hidráulico e geotécnico. 
9 - Projeto de paisagismo. 
10 - Projeto florestal ( nas áreas rurais ). 
11 - Projeto urbanístico ( nas áreas urbanas ).

Bibliografia:
1. Bayerisches Landesamt für Wasserwirtschaft, 1996: Ökologisch begründetes Sanierungskonzept kleiner Fliessgewässer, Fallbeispiel Vils, série nº 26, München, Alemanha.
2.BINDER, W., e WAGNER, J., 1994: Rückbau von Fliessgewässern. In Umweltschutz-Grundlagen und Praxis, Schutz der Binnengewässer, volume 5, editores Buchwald, K. Und Engelhardt, W., Economica Verlag, Bonn, Alemanha.
3.CESP, 1989. Considerações sobre as matas ciliares e a implantação de reflorestamento misto nas margens de rios e reservatórios. 2ª ed. CESP, ARI, SP, 1989. 15p. ( Série Pesquisa e Desenvolvimento, 105 ).
4.CESP, 1989. Reflorestamento ciliar de açudes. 2ª ed. CESP, ARI, SP 1989. 14p ( Série Pesquisa e Desenvolvimento, 123 ).
5.CESP, 1992. Recomposição de matas nativas pela CESP. CESP, São Paulo, 1992, 13p.( Série Pesquisa e Desenvolvimento, 006 ).
6.CHACEL, F. M., 2001: Paisagismo e Congênere, Frainha Rio de Janeiro, Brasil.
7.DVWK - Deutscher Verband für Wasserwirtschaft und Kulturbau, 1996: Fluss und Landschaft, Ökologische Entwicklungskonzepte, Wirtschafts - und Verlagsgesellschaft, Bonn, Alemanha.
8.HINTERMANN, U., BROGGI, M. F., LOCHNER, R. e GALLANDOT, J. - D, 1995: Mehr Raum für die Natur. Schweizerischer Bund für Naturschutz, Basel: Ott Verlag, Thun, Suíça.
9.Landesanstalt für Umweltschutz Baden - Württemberg, 1996: Bauweisen des naturnahen Wasserbaus, no.25, Karlsruhe, Alemanha.
10.LAWA - Länderarbeitsgemeinschaft Wasser, 1997: Water Bodies as Habitats - Sustainable Water Protection in the 21th Century. Wasserwirtschaftsverband Baden-Württemberg, Heidelberg, Alemanha.
11.PATT, H., JÜRGING, P. e KRAUS, W., 1998: Naturnaher Wasserbau. Entwicklung und Gestaltung von Fliessgewässern,. Springer Verlag, Berlin, Alemanha.
12.RIOS, J. L. P., 1974: Poluição e Autodepuração dos Cursos D’água. LNEC, Lisboa,Portugal.
13.RODRIGUES, R. R.;de FREITAS., LEITÃO L. F. H. 2000: Matas Ciliares, Conservação e Recuperação. Editora da Universidade de São Paulo, Brasil.
14.SARAIVA, G. M. A., 1999: O Rio como Passagem - Gestão de Corredores Fluviais no quadro do Ordenamento do Território. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.
15.Umweltministerium Baden - Württemberg, 1993: Handbuch Wasserbau Heft 5 -Naturgemässe Bauweisen, UM 01-93, Stuttgart / Alemanha.
16. RIOS, J. L. P., et al 2001:Revitalização de Rios – Orientação Técnica ( SEMADS/GTZ - Rio, outubro/2001, Brasil )

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